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domingo, 30 de março de 2008

Quem é esse Daniel?

Gente, entrou aqui alguém que veio pelo Google procurando por "qual era a carne no manjar que Daniel recusou". Pode??? E agora fiquei curiosa. O que significa isso, hein?

A vida em poucas linhas

A vida começa num sonho num instante de loucura num momento de abandono de busca de sei la o que mais daí ela vai avançando de sonho em sonho de momento em momento primeiro são balas e doces e tardes de brincadeira limonada televisão gibis lição de casa quintal bola pedras e chão mais adiante viram devaneios e angústias e dúvidas e mais dúvidas e marcas que vão se fazendo na alma e na mente mas são sonhos também os sonhos que nunca vão deixar de ser em toda a vida e os sonhos são sonhos de fogueiras ao luar e amigos e ideais eternos e mochila nas costas e um caminhar eterno errante e livre por todos os lugares que a mente vagar dormindo em barracas sob estrelas que pulsam é se jogar dentro de um mar de liberdade e se deixar afogar sem pressa e ir contando as estrelas enquanto isso é ver todas as possibilidades do mundo e serem todas e todas elas possíveis depois vem a realidade e ela é dura e implacável e muitos pensam que ela mata os sonhos mas não nada os mata eles só se calam enquanto esperam por serem ouvidos novamente e enquanto isso a vida vira sobrevivência e são contas a pagar e responsabilidades e perpetuação e futuro e preocupação enquanto os sonhos dormitam e esperam pacientemente até que uma brisa e um certo cheiro de passado e nostalgia encha o vento de pensamentos e a tarde cor-de-rosa lembre o de tudo que não se fez e tudo passa porque é assim que é e sempre foi e a vida vira contemplação e a sabedoria sabe acordar os sonhos e vivê-los saboreando como uma fruta que nunca existiu e as águas continuam correndo muito rápidas sob todas as pontes do mundo e um dia a vida se foi num momento numa luz veloz e fugaz como uma estrela cadente num sonho.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Dia da Mulher - desenvolvendo melhor ou Pelo dia internacional do homem

Publiquei o post sobre o dia da mulher num período meio conturbado e só ventilei o que penso, sem maiores explicações. Não que eu deva explicações, mas só que eu acho que explicar é sempre bom...
Não tenho nada contra o dia da mulher. Nem nada contra as mulheres e nem poderia, já que sou uma. Mas não entendo o por quê de um dia específico para a mulher. O que estamos celebrando exatamente neste dia? O fato de centenas de mulheres terem sido queimadas vivas dentro de uma fábrica? Sem diminuir a dor e o sacrifício daquelas mulheres, o fato é que elas não foram queimadas por serem mulheres. Foram queimadas por serem trabalhadoras e estarem ousando reinvidicar direitos numa época em que não existia nem sombra do conceito de direito trabalhista. Homens, mulheres e crianças trabalhavam 15 horas por dia no mínimo, em condições sub-humanas, 7 dias por semana, sem direito a qualquer tipo de recesso. Elas estavam reinvidicando equiparação salarial com os colegas do sexo masculino. Mas se fossem homens e reinvidicassem salários decentes, teriam sido queimadas do mesmo jeito.
"A beleza de ser mãe...", "a capacidade de gerar vida". Legal, lindo. Mas existe beleza em ser pai também. Além do mais, celebramos estes itens no dia das mães. E, ainda por cima, ninguém gera a vida sozinha, vamos combinar isso.
Há também uma crença de que mulheres têm menos oportunidades ou recebem menos que seus pares do sexo masculino. Não sei o que dizer a respeito, pois esta é uma realidade que jamais enfrentei em minha vida. Muito pelo contrário, diga-se. E, diga-se também, que não é isto que eu observo nas pessoas de meu convívio.
O que eu observo é que as mulheres estão mais e mais poderosas. Vejo que as mulheres estão se impondo, muitas vezes até de forma tirânica sobre os homens de suas vidas. Vejo homens cada vez mais acuados e enfraquecidos. Vejo cada vez mais mulheres mandando, ordenando, organizando, decidindo sempre e tudo. E, quer saber? Não estou achando isso nada bom.
É. Não estou mesmo. Porque ao mesmo tempo, vejo mulheres cada vez mais implacáveis, cada vez mais exigentes e.... cada vez mais solitárias. Os homens estão sós. As mulheres estão sós. Quem está ganhando esta competição? Meninos ou meninas? Respondo: ninguém. Estamos todos perdendo. Perdendo tempo e convivência. Estamos perdendo a capacidade de amar e de conceder.
E, quer saber? Proponho criar o dia internacional do homem. Dedicado àqueles seres incompreendidos, sobre os quais pesa primeiramente o sustento da família, que precisam muitas vezes abrir mão do convívio familiar em nome do trabalho e ainda são hostilizados por isso. E que ainda por cima não têm o direito de chorar nem de demonstrar fraqueza.

A Bússola de Ouro, A Faca Sutil, A Luneta Âmbar

Terminei de ler a trilogia Fronteiras do Universo, do Philip Pullman, aquele da Bússola de Ouro. Excelente. Altamente recomendável a todas as pessoas que gostam de uma boa ficção. No melhor estilo “Senhor dos Anéis” você entra num universo fantástico, com personagens cativantes, complexos, bem construídos. Em A Bússola de Ouro começa a história de Lyra Belacqua, uma garota que vive num mundo que, num primeiro momento, você pensa ser o nosso, num passado recente. Pela descrição de máquinas, do modo de vida, das pessoas, tudo remete a um mundo.... “vintage”, vamos dizer assim.
E esta é descrição de Oxford e uma de suas faculdades, onde Lyra mora. E, de repente, Lyra se vê impelida a iniciar uma jornada para o Pólo Norte para resgatar seu amigo George de um misterioso grupo de raptores de crianças. Através desta jornada, ela conhecerá verdadeiramente seus pais, seu passado e terá um vislumbre de seu futuro.
Pulo para o próximo livro, A Faca Sutil que começa com um menino em um mundo que.... surpresa! é o nosso. Engraçado aqui é constatar que a descrição do mundo de Lyra é tão bem feita, tão bem construída que a descrição do nosso próprio mundo soa estranha, tudo parece duro e sem magia. Na Faca Sutil, Lyra conhece Bill, um garoto que cometeu um crime para proteger a mãe, que busca o pai, desaparecido desde que Bill era um bebê e que conquista uma estranha faca, capaz de abrir brechas entre os mundos. Juntos eles enfrentam espectros e vão procurar o pai de Bill e Lorde Asriel, pai de Lyra, que está preparando uma guerra contra a Autoridade. A Autoridade parece ser Deus, ou um conceito humanizado de Deus. E este é um grande mérito: deixar a imaginação do leitor livre para fazer as associações que quiser, coisa que Philip Pullman parece ser um mestre em fazer.
Em A Luneta Âmbar, vemos Lyra capturada e Bill determinado a reencontrar e libertar a amiga a qualquer custo. Vemos anjos, pequenos espiões guerreiros cavalgando libélulas, uma cientista que terá uma função vital: ser a serpente que tenta Eva. Como assim? Ah, você vai ter que ler.... Esta cientista/serpente sai em busca de sua missão, que ela nem sequer desconfia qual seja. E vai parar em um mundo, um universo paralelo, em que a natureza parece ter privilegiado outras formas, outras funções. Um mundo povoado de seres absurdamente diferentes, semelhantes a animais, porém dotados de consciência, inteligência avançada, delicadeza, sentimentos. Seres que formaram uma sociedade, com base em crenças, tais como a nossa.
A história fecha com a maturidade de Lyra. Ela começa A Bússola De Ouro como uma menina travessa e voluntariosa e termina A Luneta Âmbar como uma jovem moça, que teve que lidar com perdas e decepções e demonstra já uma plena consciência de seu papel no mundo e da conseqüência de seus atos, numa idade em que normalmente se encara os sentimentos como finalidade e justificativa para tudo. Este é um livro que não acaba depois que você lê a última página.

De volta depois de um periodozinho bem filho da mãe

Voltei.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia do quê?

Dia Internacional da Mulher. Você entende isto? Nem eu.
Parece coisa de gincana meninos-contra-meninas. Pois então, 8 de março é dia das meninas. Menino não tem dia, la-la-la-la-la-la. Bobeira.
Mas tudo bem. Gosto de ganhar presente e qualquer desculpa é boa para ganhar flores, ou jantar fora. Mas que eu não entendo, não entendo mesmo!