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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tipo 8 - Tá olhando o que? Nunca viu não?

O Oito gosta de poder. Não o poder institucional, mas o poder verdadeiro, relacionado a influencia, conhecimento e ação. Ele não quer ser o rei e sim o primeiro ministro. O Oito crê que a verdade só aparece com o conflito e semeia a discórdia a seu redor para saber com quem pode ou não contar.

Ele despreza a fraqueza, mas gosta de colocar os mais fracos sob suas asas. O Oito também despreza as regras e acha que elas só existem para serem quebradas. As únicas regras que valem são as feitas por ele.

A raiva do Oito é exteriorizada. Ao contrário do Um, que suspende a raiva, o Oito gosta de sentir raiva, se entrega a ela. Um Oito em crise se deixa dominar de tal forma pela raiva que pode se perder em seus excessos (de álcool, comida, trabalho, seja lá o que for).

Quando o Oito consegue dominar a si mesmo, consegue viver com mais leveza pois deixa de ver o mundo como um lugar hostil e as pessoas como inimigas.

Oitos famosos: Henrique VIII e Dr House (dá até a impressão que o criador da série pensou: “bem, vou criar uma série sobre um médico Oito....”)

Tipo 7 - ...mas que beleza, em fevereiro tem carnaval...

O Sete lida com o medo ignorando-o solenemente. Aliás solenemente não porque nada num Sete é solene. O Sete busca a segurança através de todo tipo de experiências positivas. Ele se refugia na alegria e no prazer e enfia a cabeça num buraco no chão como um avestruz quando se sente ameaçado.

Para alguém de fora esta atitude pode parecer escapista e é mesmo. Um Sete tem muita dificuldade de lidar com sofrimento. Se você tem um amigo Sete já deve ter percebido que ele some nos piores momentos da sua vida. E ele não é um traíra. Ele gosta mesmo de você, só que ele não consegue lidar com o sofrimento de jeito nenhum.

O Sete busca a alegria e gosta de semeá-la a seu redor. Mas, quando em crise, ele se dispersa com tanta excitação e se desgasta sem necessidade e sem conquistar nada. Quando a realidade bate, surge a depressão.

Quando o Sete consegue encarar a realidade e aceitá-la surge sua incrível capacidade de mitigar o sofrimento em todas as suas formas.

Setes famosos: Peter Pan, Charlie Harper (Two and a Half Men).

terça-feira, 29 de junho de 2010

Tipo 6: Em caso de descompressão, máscaras cairão automaticamente.....

Para o Seis também a emoção básica é o medo mental.

O Seis percebe o mundo como um lugar perigoso e para se manter seguro desenvolve uma percepção acurada dos riscos possíveis e busca proteção externa. Um Seis sempre sabe instintivamente onde estão as saídas de emergência, as rotas de fuga, os extintores. Um Seis presta atenção nas normas de segurança do avião (e reclama que os coletes salva vidas são muito complicados de achar e de usar).

Um Seis pode ser fóbico ou contra-fóbico. O contra-fóbico acha que a melhor defesa é o ataque e sai batendo. O fóbico acha que a melhor defesa é a distância e corre.

Seis sempre têm um plano. Aliás, vários planos. Se tudo der certo, plano A, se chover, plano B, se nevar, plano C, se houver terremoto, plano D, se houver uma chuva de meteoros, plano E, se começar uma invasão alienígena, plano F.... e assim vai.

Um Seis em crise vê teorias da conspiração em todo lugar e, para se proteger, tenta cobrir todas as possibilidades com seus planos. Assim, perde o momento de conquistar as coisas. E, quando está fazendo isso, o Seis ainda por cima se acha super esperto. É um esquema muito eficiente de auto-sabotagem.

Quando o Seis consegue se ligar com a fé e a coragem, passa a acreditar em si mesmo, pára de buscar proteção externa e se torna apto a romper com as ferramentas de auto sabotagem que monta para si.

Seis famosos: eu. Tem também um tal de Woody Allen.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eneagrama - Tipo 5: Minha torre, meu mundo.

A emoção primordial do Cinco é o medo mental.

Aqui cabe uma explicação. Há o medo instintivo e há o medo mental. O medo instintivo é bom, faz parte de nossas ferramentas de sobrevivência. É aquele mecanismo que avisa você que é bom correr ou então se preparar para lutar. Já o medo mental é aquele que a gente cria com a própria mente, imaginando cenários e acontecimentos que no fim nunca acontecem (felizmente).

O Cinco busca o conhecimento para se sentir seguro. Ele bloqueia os instintos e sentimentos e se concentra nas informações. O Cinco gosta de se isolar e observar. Quando encontra pessoas de que gosta (poucas), baixa sua ponte levadiça e permite que adentrem seu espaço.

Como bloqueia os intintos e sentimentos, ele se sente “possuído”, tomado por um alien, quando vivencia alguma emoção. Sua reação neste caso é se afastar da emoção e avaliá-la intelectualmente.

Quando em crise o Cinco se apega exageradamente ao conhecimento e se isola do mundo para evitar o sofrimento da perda. Quando supera este medo, consegue perceber a abundância da vida e conquista o despreendimento através da percepção de que há muito de tudo para todos.

Cincos famosos: Kafka

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Os tipos e a Copa do mundo

E o que faz cada um dos tipos durante uma Copa do Mundo?

Tipo 1: organiza um bolão, monta as tabelas, cria estatísticas e acompanha as pontuações.
Tipo 2: prepara pipoca para todos. Inclusive sem manteiga pra quem tem colesterol alto, sem sal pra que tem hipertensão, sem açúcar pra quem tem diabetes e sem milho pra quem está de dieta.
Tipo 3: monta estratégias pra vencer o bolão. Aliás, monta outro bolão, bem melhor do que aquele que o Um está organizando.
Tipo 4: não gosta de futebol. Prefere lacrosse.
Tipo 5: Copa do mundo? Que Copa? Eu nem liguei a TV este ano, tô lendo um livro tão bom....
Tipo 6: Monta um plano pra assistir os jogos de casa, longe das multidões e dos tumultos.
Tipo 7: Tá lá, de verde e amarelo até nas cuecas e na peruca, usando o chapéu mais ridículo que pôde encontrar, com tambor, pandeiro e vuvuzela e gritando “É campeão, é campeão...”.
Tipo 8: provoca a torcida da Argentina. E da Itália. E da Espanha. E chama pra briga.
Tipo 9: Analisa as qualidades de todas as seleções e conclui que todas merecem ganhar.

Eneagrama - Tipo 4: I am the drama queen....


O Quatro gosta de pensar em si como uma criatura única e, quase sempre, o é. Ele busca a beleza, vive imerso em emoções e suspenso em algum lugar entre o passado e o futuro. Ele lembra sempre do passado, rememora cada sentimento, cada dor e mantém a esperança de que será feliz no futuro. Porém, perde o momento presente.

O Quatro tem a sensação de que algo falta em sua vida. Algo que todos têm menos ele e por isso sofre. E quando ele sofre.... o mundo tem que saber. O Quatro busca atenção através do próprio sofrimento. Crê que se souberem o quanto sofre, será amado. Muitas vezes opta por caminhos de vida tortuosos de forma inconsciente.

Quando em crise, o Quatro torna sua vida e a dos que estão a seu redor um turbilhão emocional, um círculo vicioso auto-destrutivo.

Porém quando consegue superar esta necessidade de obter simpatia através do sofrimento, é capaz de compreender os sentimentos dos outros como ninguém mais e expandir sua visão da beleza da vida. O Quatro é também aquele que consegue realmente enxergar as qualidades únicas de cada pessoa.

Quatros famosos: Van Gogh.
PS: Vi a imagem acima no ótimo blog eneagrama-ana.blogspot.com.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eneagrama - Tipo 3: We are the champions

Para o Três o importante é a imagem. O Três acredita que somente é amado quando é admirado e elogiado. Para isso, busca manter uma imagem de sucesso e vitória. Por isso ele quer vencer sempre, ser sempre o melhor, o primeiro. O Três se refugia no trabalho, que é um ambiente em que sua performance pode ser medida e reconhecida e evita tirar férias, já que em férias ninguém vai perceber como ele é eficiente e talentoso. Aliás, o lazer estressa o Três. Não ter o que fazer é uma idéia que o perturba.

Para o Três é imprescindível mostrar que tudo está certo, tudo está bem. O importante não é ser feliz e sentir-se bem e sim projetar esta imagem. O que importa é o que o mundo está vendo.
Em crise, o Três sofre por viver uma mentira. A necessidade de manter uma imagem vitoriosa o obriga a negar seus sentimentos. Ele veste um sorriso e a idéia de que tudo está bem mesmo que o mundo esteja desabando sobre sua cabeça.

Mas, em equilíbrio o Três percebe que seu modus operandi é uma ferramenta de realização e não sua essência. Assim, consegue usar seus dons de comunicação e “marketing” e, ao mesmo tempo, conhecer seus próprios anseios e necessidades através da virtude da sinceridade.

Três famosos: Mônica Geller (de Friends).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eneagrama - Tipo 2: Depois de tudo que fiz por você!

E voltando a nossa programação normal. Eu ia falar da viagem, mas vou deixar pra depois. Chega de irritar os Uns (por mais divertido que isso seja). Vou continuar com o que tinha começado: os tipos do eneagrama.
Hoje é a vez do tipo 2.
O Dois ama e acha que somente será amado e feliz se for necessário. Então ele se faz necessário. Ele tenta adivinhar as necessidades dos outros, se adiantar a elas e provê-las todas. Fica então com a sensação de que merece ter suas próprias necessidades atendidas da mesma forma. Quando os outros não correspondem… aiaiai. Estranhamente, os Dois têm um ótimo radar para perceber desejos e necessidades, mas têm um péssimo sensor para detectar limites. Ele é aquele que faz questão de aguar seu jardim e guardar sua correspondência mesmo que você não tenha pedido. E como aquele envelope parecia ser uma cobrança, ele tomou a liberdade de abrir porque se fosse o caso ele pagaria o boleto pra você. Percebeu o problema? O Dois não. Que problema? O que ele fez de errado? Ele só queria ajudar.
Se a paixão do Um é o perfeccionismo que, mal direcionado pela cólera leva à tirania e aos jogos de poder, a do Dois é o orgulho. Na visão do Dois em crise, só ele ama, só ele entende o amor, somente o amor dele é verdadeiro e digno. E não falamos aqui apenas do amor romântico e sim do amor em todas as suas formas. Assim, se ele não é retribuído da mesma forma (e é claro que ele não é) é porque o mundo é injusto e todas as pessoas são falsas, más e egoístas.
Porém, quando em equilíbrio, o Dois compreende a liberdade e se torna o grande ajudante altruísta, aquele que ajuda sem esperar retorno e que entende que cada um ama do seu jeito. Quando supera sua paixão, o Dois é realmente aquele que entende e conhece o amor verdadeiro.

Dois famosos: Madre Teresa de Calcutá e Marylin Monroe.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pausa na nossa programação normal

Paradinha estratégica nos posts sobre eneagrama. Motivo: viagem.

Voltamos em breve.
*
Neste momento os UNS bufam revoltados com tanta desorganização. Os DOIS se enchem de amor e compreensão. Os TRÊS acham um absurdo parar tudo por uma viagem de férias. Os QUATRO estão pouco se lixando, mesmo porque acham o destino muito comum. Os CINCO estão estudando guias de viagem. Os SEIS vão me mandar e-mails perguntando se fiz seguro viagem (lógico que sim!). Os SETE vão querer ir junto. Os OITO estão me dando uma banana. E os NOVE estão na paz.